quarta-feira, 29 de junho de 2011

É sempre tempo de missão



28/06/2011
Dom Orani João Tempesta - Arcebispo Metropolitano

Somos um povo missionário! Impossível ser discípulo de Jesus sem viver a vida anunciando e proclamando a Boa Notícia da Salvação. A consciência da Missão Permanente ou Missão Continental cada vez mais nos questiona e alimenta nossa vida pastoral e evangelizadora. Tudo o que fazemos ou organizamos está dentro dessa perspectiva que Cristo deixou clara para nós, seus discípulos: Ide e anunciai!
Neste domingo, leremos no Evangelho a conclusão do chamado "discurso missionário" (Mt 10). Entre outras atitudes que temos nessa perícope, aqui Jesus dispõe o coração de seus discípulos para que assumam pelo menos duas atitudes importantes e necessárias para quem é convidado a anunciar o Reino: a vocação, com as suas exigências, e a missão como acolhida.

Esta é uma Palavra que é para todos os cristãos, pois todos somos missionários. Primeiro, a vocação deve ser vivida no amor. Jesus fala claramente do amor (v. 37) e da vida (v. 39). Está em jogo a escolha "por um amor maior." Amor aos familiares – legítimo e abençoado – vem observado e comparado com o amor por Jesus. Somente à luz desses dois valores (amor e vida) pode-se entender a prioridade ao Amor de Deus que, consequentemente, nos leva a amar de maneira correta os nossos familiares e a viver coerentemente a nossa vida. Somente na perspectiva do amor e da vida têm sentido as exigência da vocação para a missão com Jesus; somente por amor é possível fazer escolhas difíceis, que são incompreensíveis para aqueles que estão fora dessa lógica. Diante do bem supremo – que é sempre e somente Deus – é dado o devido peso também para os valores humanos importantes, tais como os laços familiares ou os interesses profissionais, reservando, no entanto, a Deus o primeiro lugar, a primeira escolha. Como pano de fundo deste texto, temos o primeiro mandamento da Lei de Deus: Amar a Deus sobre todas as coisas.

A linguagem de Jesus ("Tomar a sua cruz”, “perder a vida”) é escandalosa, parece absolutamente cruel, mas é a única palavra que livra das ilusões e que nos faz verdadeiramente encontrar a vida (v. 39); o caminho da cruz é o único que acaba na vida real: a ressurreição. Esta mensagem aplica-se tanto ao missionário que prega o Evangelho como àqueles aos quais ele anuncia. A essa radicalidade também convoca Paulo (Rm 6,3-4.8-11): pelo batismo somos chamados a "andar em uma vida nova" (v. 4), porque "já morremos com Cristo" e "viveremos com Ele" (v. 8.11).

A adesão a Jesus excede qualquer outro vínculo. A primazia de Jesus não é apenas estabelecida e reconhecida em palavras, mas, concretamente, no seguinte: "Quem não toma a sua cruz e me segue, não é digno de mim." O caminho da Cruz é uma nova maneira de ver as coisas e de agir, avaliar e escolher: o caminho da cruz é o caminho da auto-doação, solidariedade e renúncia a fazer de si mesmo o centro em torno do qual tudo deve girar. Mas sem medo: esta lógica, tão diferente da habitual, não gera a morte, mas dá a vida: "Quem perde sua vida por minha causa vai encontrá-la." Nenhuma dualidade, nenhuma maneira antropológica ou escatológica de entender essa afirmação. Não se trata de perder a vida "material para o benefício daquela "espiritual", nem se trata apenas de perder a vida neste mundo para encontrá-la no outro. É, antes, uma vida que atinge o homem, aqui e ali: uma maneira de viver melhor no mundo, uma vida boa, que é forte o suficiente para superar até mesmo a morte.

O segundo grande tema missionário deste domingo é a acolhida. É exemplar a hospitalidade que a mulher de Sunam e seu marido oferecem ao profeta Eliseu, mas é também a gratidão deste "homem de Deus" para com o casal estéril. Após ter consultado seu servo Giezi, Eliseu profetiza que em breve terão um filho (2Rs 4,8-11.14-16a). Trata-se de gestos de hospitalidade mútua, oferecidos em gratuidade. No Evangelho deste final de semana, Jesus elogia o gesto simples, de forma gratuita, "quem dá mesmo um copo de água fria" (Mateus 10, 42). Note o detalhe da água fria, particularmente agradável em países quentes. A missão como acolhida, vivida seja pelo missionário seja pelo povo com quem ele trabalha, tem seu fundamento na identidade que Jesus estabelece entre Ele e os seus: "Quem vos recebe, recebe a mim" (v. 40), palavras que ecoam no juízo final: "Eu estava com sede e me destes de beber" (Mateus 25, 35).

Evangelizar é entregar a vida, acolher é evangelizar, é também ir ao encontro do outro. É experimentar a verdadeira vida e proclamá-la aos irmãos e irmãs.

Abre-se aqui todo um capítulo da cooperação missionária para as obras de evangelização no mundo inteiro, que é um direito-dever de todo batizado, ainda de acordo com as formas válidas da oração, sacrifício, oferta em dinheiro ou gêneros, como também em novas formas, tais como: a informação e formação missionária do Povo de Deus, visitas às jovens comunidades cristãs, acolhida, diálogo e anúncio do Evangelho aos imigrantes (legais ou ilegais), refugiados e outros; compromisso dos líderes da política, economia, cultura, comunicação social pela construção de um mundo mais justo, fraterno, solidário na distribuição, intercâmbio e gestão dos recursos humanos e materiais, realmente para o benefício de todos no mundo, com especial atenção para os fracos e necessitados.

Desde a V Conferência do Episcopado Latino Americano e Caribenho fomos chamados a recomeçar de Cristo e, com a nossa vida em comunidade, sermos sempre mais discípulos-missionários, levando adiante essa missão permanente em todo o nosso continente. Este domingo será uma boa ocasião de nos examinarmos para descobrir como andamos nessa direção missionária.

Que o nosso coração, abrasado pela experiência cristã, nos conduza com entusiasmo a uma vida intensa, testemunhando Jesus Cristo Ressuscitado a tantas pessoas que, sedentas, buscam o encontro com Cristo – Caminho, Verdade e Vida.

sábado, 25 de junho de 2011

Rio de Janeiro sediará a Jornada Mundial da Juventude em 2013



O Rio de Janeiro foi escolhida a cidade para hospedar, em 2013, a 38ª Jornada Mundial da Juventude, segundo informou hoje a imprensa do Vaticano. A candidatura brasileira foi preferida com relação a sua concorrente, a capital da Coreia do Sul, Seul.
O encontro, que desde que Bento XVI assumiu o Pontificado passou a ser de três em três anos, foi adiantado em um ano para evitar que ocorra no mesmo ano da Copa do Mundo de 2014, que o Brasil sediará.
As últimas Jornadas ocorreram em Colonia, na Alemanha, em 2005, e Sidney, na Austrália, em 2008. A próxima ocorrerá em Madri nos próximos dias 16 a 21 de agosto.
De acordo com a agência Vatican Insider, uma iniciativa do jornal La Stampa dedicada a informações sobre o Vaticano, o evento, que também ocorrerá antes das Olimpíadas de 2016, deverá "ampliar a relevância assumida pelo colosso brasileiro como novo ator geopolítico global".
A publicação destacou que a quantidade de "grandes eventos no Brasil nos próximos anos comportou uma mudança de passo no ritmo que a edição internacional da Jornada Mundial da Juventude assumiu na época ratzingeriana".
A Jornada foi criada em 1984 pelo então papa João Paulo II.
Fonte: Fonte JORNAL DO BRASIL-24/06/11

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Corpus Christi 2011




A celebração de Corpus Christi, Corpo de Cristo em latim, surgiu na Idade Média e é composta por uma missa, procissão e adoração ao Santíssimo Sacramento. Quarenta dias depois do Domingo de Páscoa é a quinta-feira da Ascensão do Senhor. Dez dias depois temos o Domingo de Pentecostes. O domingo seguinte é o da Santíssima Trindade, e na quinta-feira é a celebração do Corpus Christi, que lembra a presença real e substancial de Cristo na Eucaristia.
Que possamos nesse dia 23.06.11 celebrar o Corpo de Cristo em nossas paróquias. Amém.

quarta-feira, 15 de junho de 2011

Seminário Gênero e Religiões, na UCAM do Centro

15/06/2011


Será realizado no dia 29 de junho, às 18h, na Universidade Candido Mendes, o Seminário “Gênero e Religiões”. O encontro é promovido pela Universidade e pelo Programa de Estudos Avançados em Ciência e Religião. Confira os temas do seminário:

Sexo, gênero e diferença no caminho da Igreja – Candido Mendes (Reitor da UCAM)
Religiões e diversidade sexual – Maria das Dores C. Machado (Socióloga UFRJ)
Espiritualidade no feminino – Maria Clara Bingemer (Teóloga PUC-Rio)
Gênero e religião, bloqueios e desafios – Luiz Alberto Gómez de Souza (Diretor do Programa)

A entrada é franca, e as inscrições podem ser feitas pelo telefone 2203-1109. Os participantes inscritos até a primeira sessão receberão certificado.

O seminário será no Salão Marquês de Paraná, na Universidade Candido Mendes, que fica na Rua da Assembléia, 10, 42º andar, no Centro.

terça-feira, 14 de junho de 2011

Multidão de fiéis acolhe a Imagem do Divino Pai Eterno



13/06/2011
Leanna Scal

Em Pentecostes, 12 de junho, o Rio de Janeiro recebeu, pela primeira vez, a Imagem Peregrina do Divino Pai Eterno. Um grande encontro de fé e devoção aconteceu na tarde do domingo, nos Arcos da Lapa, no Centro da Cidade. A Celebração Eucarística foi presidida pelo Padre Robson de Oliveira, Reitor do Santuário Basílica do Divino Pai Eterno, em Trindade, Goiás.

A visita, que celebrou os 170 anos de devoção ao Divino Pai Eterno, foi promovida pela Arquidiocese do Rio de Janeiro. Antes da missa, o Arcebispo Dom Orani João Tempesta, deu uma benção aos presentes.

- Acredito que, com a visita da Imagem Peregrina do Divino Pai Eterno, a comunidade católica e carioca sairá ganhando em bençãos e terá a oportunidade de renovar o seu compromisso de vida com o Pai de Jesus, disse.

Com a Lapa cheia de fiéis de várias partes do país, Padre Robson entrou no palco montado para a celebração levando a Imagem do Divino Pai eterno. Também concelebraram a Santa Missa o Vigário Episcopal do Vicariato Urbano, Padre José Laudares e o Assessor para eventos de massa da Arquidiocese, Padre Omar Raposo. Também participou da Celebração o Monsenhor João Carlos Teodoro, da Igreja Melquita Católica.

Durante a homilia, Padre Robson falou aos fiéis que só em Jesus é possível experimentar o amor de Deus e que quem ouve Jesus conhece a vontade do Divino Pai Eterno.

- Hoje celebramos Pentecostes, uma festa que lembra nossa Igreja Missionária, que vive a dinâmica do Senhor. Celebrar Pentecostes é celebrar a vida da Igreja, o amor do Divino Pai Eterno sobre todos nós. Por isso, ficamos felizes de fazer essa celebração aqui no Rio, uma cidade tão acolhedora com um povo cheio de fé, disse o Padre.

Ele explicou que a festa de Pentecostes, em sua origem, não era religiosa. Era a festa da colheita, em que o povo se reunia em Jerusalém para festejar. Os judeus falavam línguas diferentes, mas buscavam manter suas tradições. Foi então, 50 dias depois da ressurreição do Senhor que ouviu-se um grande barulho e todos, temerosos, correram para um lugar só e, de repente, dos céus, veio como que línguas de fogo, a língua do amor de Deus, os dons do Espírito Santo que Jesus prometeu.

- Quem recebe o dom de Deus fala a língua que todos podem entender, a linguagem do amor. É essa a grande ação do espírito de Deus. Todos podem, como filhos de Deus, falar a mesma linguagem da unidade e da paz. Sozinhos nada somos, mas pelo Espírito Santo tudo podemos, enfatizou Padre Robson.

A animação da liturgia ficou por conta do cantor Márcio Pacheco e, com ele, Olívia Ferreira, Katiane, Cláudio Castro, Tiago Lima, Ramom Torres, Felipe Freitas, Luciano Carvalho, Marcio Matos e Edson Freitas, tornaram o evento cheio de emoção e fé.

Ao final, Padre Robson levou para o Santuário Basílica do Divino Pai Eterno, em Trindade (GO) muitas caixas com pedidos dos fiéis cariocas.

História da devoção



Em 2011 a devoção ao Divino Pai Eterno está completando 170 anos. A história narra que, por volta de 1840, um casal chamado Constantino e Ana Rosa Xavier encontrou, enquanto trabalhava na lavoura, um medalhão de barro. O pequeno objeto, de aproximadamente 8 centímetros, tinha a estampa da Santíssima Trindade coroando Nossa Senhora. Eles beijaram a Imagem, levaram-na para casa e a notícia rapidamente se espalhou juntamente com a sucessão de milagres.

Começou, então, a comemoração festiva com a novena, que culmina sempre no dia da Grande Festa, no primeiro domingo do mês de julho.

Conhecedor da história, Padre Robson de Oliveira, membro da Congregação dos Missionários Redentoristas e Reitor do Santuário Basílica do Divino Pai Eterno desde dezembro de 2003, sentiu a necessidade de fazer a devoção ao Divino Pai Eterno ser mais difundida.

O Padre conquistou então espaços na emissora regional da TV Brasil Central e, depois, em nível nacional, na Rede Vida. Foi com a "Novena dos Filhos do Pai Eterno", pela TV, que o Sacerdote e sua equipe conquistaram o carinho, a admiração e a emoção do povo de todo o Brasil, levando aos lares pregações e preces com temas que atingem o cerne da vida humana.

sábado, 11 de junho de 2011

Unidos pela oração no jubileu pontifício



10/06/2011
Dom Orani João Tempesta - Arcebispo Metropolitano

29 de junho seria o dia da celebração da Solenidade dos Apóstolos São Pedro e São Paulo. Por motivos pastorais, para que os fiéis acorram pressurosos e mais numerosos às igrejas, a Celebração foi transferida, no Brasil, para o domingo mais próximo. Celebraremos, nesse dia, os 60 anos de ordenação sacerdotal do Sucessor de Pedro, o nosso amado Papa Bento XVI, gloriosamente reinante no seu sexto ano de pontificado. Será, portanto, o seu jubileu de diamante de sacerdócio, dia de grande ação de graças para ele e para toda a Igreja que ele governa, no dizer de Santa Catarina de Sena, “como o doce Cristo na terra”.

Para a celebração de tal efeméride, a Congregação para o Clero, na pessoa do seu prefeito, o Emmo. Sr. Cardeal Mauro Piacenza, solicitou a todas as circunscrições eclesiásticas que dedicassem um tempo de oração pelo Santo Padre, expressando isso nestes termos: “a ocasião é particularmente propícia para unirmo-nos mais ao Romano Pontífice, para darmos testemunho da nossa gratidão, afeto e comunhão no serviço que oferece a Deus e à Igreja. Mas, sobretudo, em sinal de gratidão por aquele “resplendor da verdade no mundo” que o seu alto Magistério continuamente realiza”. O pedido é feito para que o povo de Deus, e em especial os sacerdotes, ofereçam “sessenta horas de Adoração Eucarística”, continuadas ou distribuídas durante este mês de junho, pela santificação do clero e para obter de Deus o dom de novas e santas vocações sacerdotais”.

Sessenta anos vivendo e agindo como alter Christus, oferecendo o santo sacrifício da Missa, que torna Jesus, em corpo, sangue, alma e divindade, presente nos altares: “remédio da imortalidade, antídoto para não morrer”.

Ser sacerdote é ser, ao mesmo tempo, o homem do culto, o homem profeta e o homem de governo; essas são as três perspectivas do sacerdócio, as três definições do ser padre, os três retratos de si mesmo, que em seu conjunto constituem o único. Partindo do carisma do exercício do governo, que essencialmente é serviço, o ministério sacerdotal é sintetizado no serviço da palavra e dos sacramentos, especialmente no da Penitência e da Eucaristia. A consagração sacerdotal deve ser vista à luz da consagração de Cristo na Encarnação. Ele é aquele que o Pai consagrou e enviou ao mundo, para que o mundo fosse salvo por meio dele. Assim, todo sacerdote é consagrado para exercer intimamente unido ao sacerdócio de Cristo, a sua missão de levar os homens até Cristo na administração dos sacramentos.

Chamado a agir in Persona Christi, o sacerdote é chamado a viver a santidade como busca constante da sua espiritualidade que, em linhas gerais, deve ser: espiritualidade ministerial, ou seja, de “conformação” ao Cristo cabeça, pois a sagrada ordenação imprime nos ordenados um caráter ontológico que, configurando-o a Cristo, o eleva à condição de seu representante e o habilita a agir em seu nome; espiritualidade esponsal, pois, de fato, na tradição ocidental, vem eleito ao presbiterato quem já se tornou disponível para dedicar totalmente a Cristo o seu próprio coração e o próprio corpo. Essa total “dedicação” foi considerada como um verdadeiro dom da consagração sacerdotal; espiritualidade fraterna, essa é aquela da amizade, que, em virtude da sagrada ordenação e de missão de todos os presbíteros, são ligados entre si por uma íntima fraternidade, amizade que conduz à própria comunicação da fé, salvando o presbítero da solidão e do ativismo, que o ajuda a ser forte e fiel, impulsiona-o a dedicar-se com ainda mais generosidade ao seu ministério.

Somos convidados a fazer dessa ocasião um momento de profunda oração, recordar os sessenta anos em sessenta horas de louvor a Jesus Eucarístico, o sacerdote, altar e cordeiro, agradecendo a Deus por ter chamado o nosso Papa para esse ministério e, ao mesmo tempo, por chamar, a cada dia, homens que se disponham a ser dispensadores dos mistérios da misericórdia de Deus.

Essas sessenta horas em nossa Arquidiocese serão celebradas entre os dias 20 de junho e 1º de Julho, conforme orientações e sugestões distribuídas às paróquias. Será essa, certamente, a nossa forma de estar presente à festa do Santo Padre, e dar de presente essa verdadeira coroa de orações, ao mesmo tempo em que rezamos pelos nossos padres.

Unamo-nos, pois, nesta jornada eucarística, às orações do Santo Padre, que são, sem dúvida, de grande desejo para que todos os sacerdotes, recordando a grande vocação a que foram chamados, vivam-na na santidade, imitando aquele que é santo por antonomásia, que é três vezes santo.

segunda-feira, 6 de junho de 2011

Dia Mundial das Comunicações



04/06/2011
Dom Orani João Tempesta - Arcebispo Metropolitano
Neste domingo, 5 de junho, Solenidade da Ascensão do Senhor, celebramos o 45º Dia Mundial das Comunicações Sociais. Lançamos oficialmente neste final de Semana o 7º Mutirão Brasileiro de Comunicação, que acontecerá no Rio de Janeiro de 17 a 22 de julho próximos, precedido do 1º Seminário de Comunicação para os Bispos do Brasil.

Nesta mesma semana estaremos celebrando a Novena em preparação a Pentecostes e a Semana de Orações pela unidade dos cristãos. Sem dúvida que tudo isso tem muito a ver também com a comunicação entre nós.

O Dia Mundial das Comunicações, único criado pelo Concílio Vaticano II, afigura-se como um convite direcionado, indistintamente, a todos nós para refletirmos e agirmos com compromisso cristão e ético nas fronteiras da Comunicação Social – patrimônio da humanidade que ganha, no mundo de hoje, contornos nunca antes imaginados, que se modificam em velocidade estonteante, em escalas exponenciais.

Como de costume, a cada ano temos a feliz oportunidade de aprofundar um tema em voga que contribua para avaliarmos as mudanças, os cenários, promessas e desafios que a comunicação, sobremaneira, em sua feição tecnológica, provoca. O tema que o Papa Bento XVI escolheu para 2011 não poderia ser mais prolífico e adequado aos nossos tempos: “Verdade, anúncio e autenticidade de vida, na era digital”. O assunto que esse tema enseja possui o frescor da atualidade e exorta a todos a restituir a verdade e autenticidade no anúncio da Boa-Nova. Para tanto, a missão de cada um de nós é, antes de tudo, reafirmar a essência das mídias, antigas e novas, recuperando as sábias palavras do Papa Pio XII: “[...] os maravilhosos progressos técnicos, de que se gloriam nossos tempos, sem dúvida, são fruto do engenho e do trabalho humano”, a fim de que cada cristão e cada cristã possa fazer do universo da comunicação social um espaço autêntico de propagação da Verdade que é Jesus Cristo.

Não podemos nos abster de cumprir essa tarefa no momento em que os artefatos tecnológicos ocupam posição central e abarcam todos os domínios da atividade humana. É necessário que coloquemos em funcionamento operadores éticos, que coíbam abusos e favoreçam a emancipação humana nesse terreno.

As observações do Santo Padre, o Papa Bento XVI, na mensagem para o 45º Dia Mundial das Comunicações Sociais, não deixam margem à dúvida no que se refere à importância da comunicação em nossas vidas: “Vai-se tornando cada vez mais comum a convicção de que, tal como a Revolução Industrial produziu uma mudança profunda na sociedade através das novidades inseridas no ciclo de produção e na vida dos trabalhadores, também hoje a profunda transformação operada no campo das comunicações guia o fluxo de grandes mudanças culturais e sociais. As novas tecnologias estão a mudar não só o modo de comunicar, mas a própria comunicação em si mesma, podendo-se afirmar que estamos perante a uma ampla transformação cultural. Com este modo de difundir informações e conhecimentos, está a nascer uma nova maneira de aprender e pensar, com oportunidades inéditas de estabelecer relações e de construir comunhão.”

A realidade construída pela comunicação digital é irreversível, como sabemos, fazendo surgir uma cultura nova, afetando, em larga medida, os relacionamentos. A propósito, é aos relacionamentos que o Papa Bento XVI dedica parte significativa de sua bela mensagem. Num contexto em que as informações e o conhecimento são permutados intensivamente, em que as fronteiras entre emissor e receptor de mensagens são diluídas, é necessário que tenhamos consciência do nosso papel e das consequências dos nossos atos. Os intercâmbios no espaço digital não devem se oferecer apenas para troca banal de dados, como adverte o Santo Padre, tampouco estar subjugados a ilusões narcísicas de satisfação imediata e superficial do eu, mas deve, primordialmente, favorecer o diálogo e a partilha.

Com tanto mais razão, essa advertência do Papa Bento XVI é direcionada, prioritariamente, aos jovens, por se constituírem polo de atração vulnerável ao estabelecimento de novos contatos, novas descobertas, ao exercício da visibilidade – possibilidades expressamente exploradas pela internet. Por extensão, essa advertência deve ressoar nos corações e mentes dos adultos, deve impulsionar a todos para buscar efetivamente partilhas, consolidar laços, arregimentar amizades sem, contudo, cairmos nas armadilhas do artificialismo, tampouco nos isolarmos em um mundo virtual paralelo onde os relacionamentos à distância nos satisfaçam provisoriamente.

A esse respeito, o Santo Padre nos pergunta: “Quem é o meu próximo?”, “em qual mundo vivemos?”. Sem contestar os avanços logrados pela internet, Bento XVI esclarece que esses mundos virtuais não substituem o relacionamento interpessoal. Com as novas tecnologias podemos nos encontrar para além dos “confins do espaço e das próprias culturas”, e isso supõe uma coerência de vida e honestidade de princípios. É o retorno do velho ditado que o segredo está justamente no “ser humano”, um operador desses veículos de transmissão e informação. Essas advertências nos levam a refletir sobre o papel da evangelização nesse contexto.

A busca de amizades e de laços afetivos torna o espaço das mídias sociais um lugar de intensas movimentações e exibição de si próprio (pensamentos, desejos e ações). O lastro que a cultura virtual vai deixando em nossa trajetória abre um leque diverso de oportunidades: não raro vemos a exploração dessas mídias para a propagação de candidatos a cargos políticos, para difamações de pessoas, de grupos étnico-raciais, para convocação momentânea de manifestações públicas. O alcance dessas mídias são ferramentas indispensáveis, que chegam a ser fonte de notícias para os jornais impressos.

Os relacionamentos efêmeros e as trocas passageiras encetadas pela internet e outros dispositivos digitais, por sua vez, nos conduzem a uma ponderação ainda mais profunda: qual ideal de humano temos e qual podemos construir? Certamente, o desenrolar dessas questões nos reenvia para os modos de utilização desses meios. A Igreja, no seu compromisso com uma outra comunicação, vem dotando seus fiéis com vários estudos e debates consubstanciados em textos e documentos, a exemplo de Igreja e Internet (28.02.2002), Ética na Internet (28.02.2002) e Ética nas Comunicações Sociais (02.06.2000), além da carta apostólica O Rápido Desenvolvimento (24.01.2005). A propósito, essas mesmas preocupações estão previstas de maneira resumida no documento conciliar Inter Mirifica, que completará cinquenta anos em 4 de dezembro de 2014.

Não nos olvidemos: as múltiplas possibilidades de interação com os meios digitais, com a cultura virtual não podem e nem devem estar desvinculadas do diálogo que vivifica, da comunhão que nos redime, a fim de que a grande rede seja, de fato, uma instância criativa de identificação coletiva, de aproximação do outro e, fundamentalmente, de transmissão do Evangelho.

A nossa vocação não pode ser desprezada, pois somos chamados a testemunhar com coerência os juízos, perfis, escolhas, preferências, de maneira que transpareçam as razões “de nossa esperança”, a proclamar que Cristo “constitui a resposta plena e autêntica”.

Especialmente para nós, no Brasil, esse Dia Mundial das Comunicações vai ressoar as conquistas oriundas do trabalho da Comissão Episcopal, procurando sempre dar a resposta plena e autêntica a Jesus Cristo, com a graça de Deus: a criação da Signis Brasil, instituição articuladora por congregar todos os meios de comunicação católicos de nosso país, e a publicação do documento de Estudos da CNBB n. 101, intitulado A comunicação na vida e missão da Igreja no Brasil, base fundamental para a construção do futuro Diretório das Comunicações, ainda tão sonhado e desejado, são alguns empreendimentos que visam fazer dos tentáculos comunicacionais instrumentos a serviço da obra de Deus. A criação da Comissão Episcopal Pastoral para a Comunicação, criada em nossa Assembleia Geral, realizada em Maio em Aparecida, demonstra o apreço e a importância que o nosso episcopado dedica a esse tema.

Menção seja dada também à equipe de assessoria nacional da Pastoral da Comunicação, que vem dedicando suas reflexões e estudos para oferecer análises e propostas adequadas aos comunicadores, por meio da publicação de novo livro sobre a nossa estimada Pastoral da Comunicação (Pascom). Não podemos deixar de recordar novamente do Seminário de Comunicação para os Bispos do Brasil, a ser realizado em julho deste ano, promovido em parceria com o Pontifício Conselho para as Comunicações Sociais. Esse seminário procura reposicionar as discussões sobre o tema, levando em conta as reflexões contidas na mensagem do Papa para o Dia Mundial das Comunicações de 2011, bem como as diretrizes estabelecidas pela Igreja para esse expediente.

Uma nova cultura está nascendo através de uma nova linguagem e nos lança desafios enormes diante da mudança de época que ora vivemos. Dessa maneira, resta-nos convidá-lo a integrar a geração digital, com a plena convicção de que somos chamados a aceitar o desafio de fazer dessas novas formas de expressão o areópago digital, onde Cristo mostra seu rosto e nos convoca para a conversão. Portanto, o nosso desafio é trabalhar em nossas comunidades, paróquias, pastorais de comunicação, propagando o tema do Dia Mundial e colaborando para que a “Verdade, anúncio e autenticidade de vida, na era digital” seja uma realidade incontornável em nosso entorno e no mundo.

Missa de envio para o 7º Muticom



05/06/2011
Nice Affonso

No último sábado, 4 de junho, a Igreja Sagrado Coração de Jesus, na PUC-Rio, recebeu o Arcebispo Dom Orani João Tempesta, padres atuantes no Vicariato para a Comunicação Social e muitos comunicadores da Cidade Maravilhosa para a Missa de Envio para o 7º Mutirão Brasileiro de Comunicação (Muticom), que acontecerá de 7 a 22 de julho.
Transmitida ao vivo pela Rede Vida, TV Nazaré e WEB TV Redentor, a Celebração Eucarística aconteceu na véspera do 45º Dia Mundial das Comunicações, quando o mundo inteiro está voltado para a mensagem do Papa Bento XVI, intitulada “Verdade, anúncio e autenticidade de vida, na era digital”.

Durante a homilia, Dom Orani lembrou que o 7º Muticom será uma excelente oportunidade para a reflexão, para a realização de trabalhos e de treinamento para os interessados em comunicação.

— Sabemos da importância que tem a comunicação hoje para a divulgação da Palavra de Deus, do Evangelho, a todas as pessoas, como, inclusive, nos recorda o Papa Bento XVI, na sua mensagem para este Dia Mundial da Comunicação, que pede que, nessa era digital, se possa ajudar a construir essa nova humanidade, o que supõe de todos nós estarmos aí levando a verdade, buscando ser autênticos naquilo que nós fazemos para que, cada vez mais, as pessoas possam estar encontrando Cristo, que é a verdade, lembrou o Arcebispo.

O Arcebispo destacou a importância de que por trás de toda a comunicação haja pessoas que se preocupem com questões relativas à vida, ao ser humano e à construção de uma sociedade mais justa, humana e fraterna. Conforme acredita, a nova linguagem traz uma nova cultura e um novo areópago.

— Que se possa, através dessa nova cultura, continuar anunciando o Evangelho. Por isso mesmo é tão importante a autenticidade das pessoas, para que elas possam fazê-lo com coerência através dos modernos meios, explicou.

Ao comentar sobre a constante atualização das novas tecnologias desejou que os comunicadores tenham sabedoria para evangelizar.

— Queremos usar de tudo isso que existe para que haja uma vida melhor. Essa é a preocupação de quem ama a Deus e procura servir-se de tudo, para levar adiante essa missão, orientou.

Ciente de que agora os antigos receptores de informações são também produtores de conteúdo, no novo modelo comunicacional, Dom Orani lembrou a responsabilidade de cada um sobre o que veicula principalmente nas mídias sociais.

— Nós vemos que as pessoas são levadas a uma comunicação capilar e são capazes de convocar milhares de outras pessoas também, de forma que as vezes nem os meios de comunicação sociais o fazem. Ou seja, hoje há nas mãos das pessoas um potencial e um poder muito grandes. E por isso mesmo a responsabilidade que temos é muito maior. (...) Com isso nós estamos anunciando Jesus Cristo, nosso senhor, implicitamente, e querendo também explicitamente, disse.

Ao final da missa, o coordenador geral do 7º Muticom, Padre Omar Raposo, e o Professor Miguel Pereira, do Departamento de Comunicação da PUC-Rio, convocaram as pessoas não só do Rio de Janeiro, mas do Brasil e do mundo para a participação no 7º Muticom.
Dom Orani, fez da benção final um momento especial de envio aos comunicadores..

— Que a todos nós que nos preparamos para o Mutirão e vivemos o Dia Mundial da Comunicação, que o Senhor nos dê sempre o dom para fazer o melhor, para podermos comunicar a vida de Cristo através da nossa vida, dos meios de que nós dispomos, para fazer com que o nosso mundo, o amanhã, possa encontrar-se ainda mais fraterno e solidário, desejou.

sexta-feira, 3 de junho de 2011

Semana Eucarística 2011



03/06/2011
Leanna Scal

Como tradição na Arquidiocese do Rio de Janeiro, nos sete dias que antecedem a solenidade de Corpus Christi é realizada a Semana Eucarística, no Santuário Nacional de Adoração Perpétua, na Igreja de Sant’Ana. O clero, pastorais, grupos e movimentos religiosos, ordens e irmandades, dedicam um tempo especial para adorar a Jesus Sacramentado.

O tema da 85ª Semana Eucarística, que acontece entre os dias 16 e 23 de junho é “Sou Eu! Não Tenhais Medo!”(Jô 6,20).

De acordo com o Vigário Episcopal Urbano e pároco local, Padre José Laudares, a Semana Eucarística tem duas dimensões: primeira, exaltar e louvar a Jesus, presente no mistério da Eucaristia. E a outra consiste em levar os fiéis católicos do Rio a um compromisso de viver e revelar o mistério da Eucaristia para o mundo.

- Temos que revelar para todas as pessoas através da vivência da fé, o testemunho da caridade, o serviço da fraternidade e a solidariedade que brotam da Eucaristia, disse.

O ápice da solenidade é a festa de Corpus Christi, que neste ano será no dia 23 de junho. A missa solene, acontece na Igreja de Sant’Ana, às 10h, presidida pelo Arcebispo do Rio, Dom Orani João Tempesta.

Confira a programação e participe:
Quinta-feira – 16/06
10h – ABERTURA DA SEMANA EUCARÍSTICA
HORA SANTA com as escolas Católicas e as escolas públicas
20h – HORA SANTA da família : Aliança de Casais com Cristo, Encontro de Casais com Cristo, Encontro do Diálogo, Equipes de Nossa Senhora, Movimento Defesa da vida e demais pastorais ligados à Família.

Sexta-feira – 17/06
10h - HORA SANTA com os militares
15h – HORA SANTA com o Apostolado da Oração
20h - HORA SANTA com a Renovação Carismática Católica

Sábado – 18/06
10h – HORA SANTA da Iniciação Cristã: Crianças e Adolescentes: Catequese Especial, Catequese Eucarística, Coroinhas, Cruzada Eucarística, Infância Missionária, Movimento eucarístico Jovem, Perseverança, crianças da Catequese paroquial e crianças em geral.
15h – HORA SANTA da Juventude
20h – Assembléia Geral da Adoração Noturna
21h – HORA SANTA da Adoração Noturna

Domingo – 19/06
11h – HORA SANTA com os movimentos relativos à deficiência: Fraternidade Cristã de Deficientes, Movimento dos deficientes Físicos, Movimento Fé e Luz, Pastoral dos Surdos.
14h – HORA SANTA com os ministérios e serviços ligados à Liturgia: Acólitos, Liturgia, Ministério da Consolação e Esperança, Ministério do Acolhimento, Ministério Extraordinário da Comunhão Eucarística, Ministério da visitação, Música
16h – HORA SANTA da Guarda de Honra do Santíssimo Sacramento.

Segunda-Feira – 20/06
15h – HORA SANTA com os Movimentos Marianos: Federação das Congregações Marianas, Legião de Maria, Movimento Apostólico de Schoenstatt, Pia União das Filhas de Maria, Rosário em Família.
20h – HORA SANTA do Clero e Seminaristas, Clubes Vocacionais, OVS, Pastoral Vocacional e Serra Clube.

Terça-feira – 21/06
17h – HORA SANTA dos Religiosos e dos Institutos de Vida Consagrada.
20h – HORA SANTA com os Movimentos Leigos: Cursilhos da Cristandade, Focolares, Irmandades, Ordens Terceiras e Confrarias, Movimento Comunhão e Libertação, Neo-Catecumenato, Oficina de Oração e Vida, Sociedade São Vicente de Paulo, Representantes das paróquias e Amigos da Rádio Catedral, Grupo TV e Rádio Canção Nova.

Quarta-feira – 22/06
10h – HORA SANTA com o Vicariato Episcopal para a Comunicação Social: Artista, Rádio Catedral, Jornal “O Testemunho de Fé” e outros.
15h – HORA SANTA dos Círculos Bíblicos e Grupos de Reflexão.
20h – HORA SANTA do Vicariato para a Caridade Social: Ação Católica Operária, Banco da Providência, Círculos Operários, Juristas Católicos, Juventude Operária Católica, Liga Católica Jesus, Maria e José, M.F.C., Médicos Católicos, Pastoral da Criança, Pastoral da Saúde, Pastoral da Sobriedade, Pastoral da Terceira Idade, Pastoral das Domésticas, Pastoral das Favelas, Pastoral do Menor, Pastoral do Trabalhador, Pastoral Penal, Renovação Cristã, Toca de Assis.

Quinta-feira – 23/06 – SOLENIDADE DE CORPUS CHRISTI
10h – SOLENE CONCELEBRAÇÃO EUCARÍSTICA presidida pelo Eminentíssimo Senhor DOM ORANI JOÃO TEMPESTA, O. CIST., Arcebispo da Arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro.
16h – PROCISSÃO DE CORPUS CHRISTI – Da Igreja da Candelária para a Catedral de São Sebastião

Missa de envio para o 7º Mutirão Brasileiro de Comunicação



No sábado, 4 de junho, às 9 horas, será realizada a missa de envio para o 7º Mutirão Brasileiro de Comunicação, na Igreja do Sagrado Coração de Jesus, na PUC-Rio. A Celebração Eucarística será presidida pelo Arcebispo do Rio de Janeiro, Dom Orani João Tempesta, e transmitida ao vivo pela Rede Vida, TV Nazaré e WEB TV Redentor.
A missa do “Rio Celebra” já é tradição nessas emissoras e a cada sábado é realizada em uma Igreja da cidade. É a primeira vez que a PUC-Rio recebe a celebração. O evento conta com a participação de todas as pessoas envolvidas com a comunicação na Arquidiocese do Rio.
A missa de envio acontece às vésperas do 45º Dia Mundial das Comunicações, quando o mundo inteiro estará voltado para a mensagem do Papa Bento XVI, intitulada “Verdade, anúncio e autenticidade de vida, na era digital”. O Pontífice pede que as novas formas de comunicação sejam utilizadas apenas no pensamento do bem coletivo, guiando portanto as atividades do Muticom.
Faltando cerca de um mês para a sétima edição do Mutirão Brasileiro de Comunicação, já está tudo pronto para o evento. As partes acadêmica, cultural e religiosa estão definidas. Para unir todos os trabalhos em oração, uma missa será realizada na intenção do sucesso do Muticom e de todos os comunicadores do mundo.
A Liturgia da Celebração Eucarística ficará sobre a responsabilidade do Regional Leste 1, assim como em todas as missas durante o Muticom. Já a animação desta celebração será feita pela Comunidade Shalom.
O Coordenador do evento, Padre Omar Raposo, convida todos para participarem da Missa e em oração transmitir, para além da mera tecnologia, o acolhimento, respeito e afetividade do povo carioca:
- Pensar comunicação social dentro da pluralidade do Rio de Janeiro é um desafio que o Cristo soube fazer muito bem porque é o grande comunicador. Vamos pedir a intercessão Dele para que o Brasil perceba como o povo carioca é capaz de se comunicar e comunicar sua beleza, alegria e fé, disse o padre.
A Igreja do Sagrado Coração de Jesus fica no Campus da PUC-Rio, na Rua Marquês de São Vicente, 225, na Gávea.

Mais informações:Guilherme Simão
Assessoria de Comunicação Social
3527-1140/ 9479-1447
assessoria.comunicar@puc-rio.br

quinta-feira, 2 de junho de 2011

Equipe de Comunicação da Igreja visita o Projac

01/06/2011
Leanna Scal

Um encontro marcado pela comunicação aconteceu na última terça-feira, 31 de maio. A Comissão Episcopal Pastoral para a Cultura, Educação e Comunicação Social, do quadriênio 2007 a 2011, encerrou, de forma celebrativa, as suas funções na CNBB com um encontro no Rio de Janeiro.

A visita de confraternização contou com diversas atividades planejadas pelo Arcebispo do Rio e ex-presidente da Comissão, Dom Orani João Tempesta, mas a comunicação foi o assunto que permeou durante o dia. Isso porque, na manhã de terça-feira, a comissão fez uma visita ao Projac, que é a Central de Produção da Rede Globo de Televisão.

Lá, foi possível conhecer os bastidores de todo o conteúdo transmitido pela Rede Globo, desde a pré-produção. No Projac, cerca de seis mil profissionais circulam todos os dias. Os locais que mais chamaram a atenção dos visitantes foram a fábrica de cenários e a confecção de figurinos, onde mais de 72 mil peças de roupa estavam expostas no acervo. O grupo também assistiu a gravação de algumas novelas que estão passando na emissora.

Para a Assessora Nacional do setor de Comunicação da CNBB, Irmã Elide Fogolare, a experiência serviu para mostrar um outro aspecto de toda a produção nas dimensões das comunicações e desmistificar o que se assiste na televisão.

- A indústria da cultura deve se concretizar através do som e da imagem, e isso é importante porque mexe não somente com nossa capacidade de entender, mas, sobretudo, com nossas emoções. Essa visita foi importante para perceber a dimensão da comunicação não somente enquanto processo, mas enquanto meios, disse.



Também a Capela cenográfica intrigou o grupo. Com três fachadas diferentes, é possível reproduzir nas gravações o estilo contemporâneo, gótico e português. Durante a permanência do grupo no local, o Assessor Eclesiástico para eventos de massa da Arquidiocese do Rio, Padre Omar Raposo, explicou o trabalho que realiza desde 2005 no ambiente.

- Desde a criação do Vicariato para a Comunicação foi estabelecida uma parceria entre a Arquidiocese do Rio e a Central Globo de Produções que visa criar a diminuição do impacto televisivo em relação à audiência e ao católico que assiste a emissora. Estabelecemos, então, um diálogo e se viu a necessidade de um padre junto às gravações para dar suporte e assessoria a todas as cenas religiosas que fossem veiculadas pela emissora.

Ele disse ainda que, a partir dessa assistência, a Rede Globo pôde dar mais realismo às cenas de caráter religioso, como por exemplo, casamentos, batizados, e enterro.

- Antes desse suporte, a gente via atores que interpretavam padres na TV usando, por exemplo, uma batina roxa, que é usada em enterro, para celebrar casamentos. Isso era muito incoerente, contou.

Ele recordou a novela Desejo Proibido, onde o ator Murilo Rosa fez o papel de um padre e fez uma oficina com ele. Além disso, para o Padre Omar, a presença do sacerdote no ambiente sempre faz bem ao trabalho artístico.

O grupo retornou admirado com tudo o que está por trás de uma produção televisiva. Um passeio como esse poderá ser feito nas Oficinas-visita durante o 7° Mutirão Brasileiro de Comunicação, que acontece entre os dias 17 e 22 de julho, na PUC - Rio. As inscrições podem ser feitas através do site www.muticom.com .
Fonte:www.arquidiocese.org.br

A caminho de Pentecoste








29/05/2011
Dom Orani João Tempesta - Arcebispo Metropolitano

Dentro do belo e entusiasmante tempo da Páscoa, a liturgia da Igreja tem nos feito vislumbrar os umbrais de Pentecostes. Preparamo-nos para a bonita e profunda celebração da vinda do Espírito Santo. A liturgia deste domingo nos introduz na certeza de uma presença permanente em nossas vidas. Neste final de semana, de Simpósio e Peregrinação das famílias a Aparecida, da inauguração da réplica da Capela das Aparições de Fátima e da festa de Nossa Senhora da Penha, olhemos a bem-aventurada Maria que acreditou e deixou-se conduzir pelo Espírito Santo.

Em nossas tradições católicas, estamos também para iniciar a novena em preparação à Solenidade de Pentecostes culminando com a Vigília da Festa e atualizando em nossas vidas e atitudes esse grande Dom de Deus que é o Espírito Santo, derramado em nossos corações.

Nós não estamos sozinhos, o Senhor repete isso de várias maneiras. A memória de suas palavras nos conforta, como também a experiência viva da fé que não abandona aqueles que examinam cuidadosamente as Escrituras, nem aqueles que vivem suas vidas diárias com coração generoso e acolhedor. Se medirmos as nossas forças, percebemos que somos fracos e necessitados, mas se nós reconhecemos do que fomos feitos, aquela Palavra entra em nós como Espírito vivificante, prometido para preencher nossas lacunas, para ampliar nossos horizontes e fortalecer os muros dos nossos corações estremecidos pelo medo...

Se hospedarmos o Espírito, nós cultivaremos com ele a esperança da qual podemos ter razão com a alegria e a segurança dos filhos de Deus. "Caríssimos, adorai ao Senhor Jesus Cristo em vossos corações, sempre prontos para responder a quem lhes perguntar o motivo da esperança que há em vós.” A vida testemunhada também pelas motivações e aprofundamentos de nossa fé.

Pedro, chamado pelo Senhor Jesus e enviado a confirmar os seus irmãos e a guiar a Igreja de ontem e de hoje, convida-nos a todos à doçura, ao respeito, à retidão que faz discernir a vontade de Deus. É um caminho em direção à nossa verdadeira identidade mais profunda, que não teme ameaças externas e que é reforçada na adversidade. É, então, que podemos atestar a força do Espírito Santo, que age em nós; somente com esta disponibilidade se pode superar aquilo que sacode as águas e tira a estabilidade do nosso barco. Mudança de rumo é perigoso, arriscamos não encontrar aquele que nunca deixou de nos dar indicações claras e inequívocas para alcançar a meta, para nos mostrar o caminho mais simples e direto, aquele que, talvez, por natureza, nunca teríamos escolhido.

"Quem me ama será amado por meu Pai e eu o amarei e me manifestarei a ele”. Será possível que alguém se atemorize com um convite para amar e ser amado? "Vinde e vede as obras de Deus, em suas maravilhas no meio dos homens! Vinde escutar, vós todos que temeis a Deus e narrarei o que ele fez por mim." Este é o nosso compromisso como cristãos, pequenos espelhos que refletem os raios de luz em um mundo envolto em trevas.

O apóstolo Pedro, entusiasmado pelo Senhor, nos faz um convite de uma beleza surpreendente. Um apelo urgente: aquele de adorar o Senhor na interioridade, nas profundezas do coração. Um convite que se desdobra nesta outra solicitação: aquela de estar sempre pronto para dar expressão convincente da própria fé com esperança. O autor sagrado também não deixa de ensinar o modo como este testemunho deve ser feito. É hoje uma recomendação ainda mais relevante do que nunca.

Acolhendo a presença do Espírito Santo prometido, e aprofundando a nossa vida de fé para dar as razões de nossa esperança, poderemos, como os apóstolos, ver as maravilhas da evangelização e dos sinais pela pregação proclamada. Não é à toa que Pedro nos diz, antes de tudo: Adorai a Cristo em vossos corações. A fé está em ti. A fé é uma Pessoa. É preciso que façamos o encontro pessoal com Ele, caminho, verdade e vida, Espírito que nos convida a contemplar a Verdade da fé.

Diocese de Nova Iguaçu realiza 1º Mutirão de Comunicação




Eloy Bezerra

“Comunicação, Mobilidade e Relações Humanas” foi o tema do 1° Mutirão de Comunicação da Diocese de Nova Iguaçu. A boa articulação e empenho da equipe da Pastoral de Comunicação Diocesana, levou ao Centro de Formação cerca de 150 agentes, oriundos dos 10 regionais da diocese. Durante os dias 28 e 29 de maio foram realizadas quatro Conferências e seis oficinas.
A 1ª. Conferência do encontro teve como tema “Comunicação, Mobilidade e Redes Sociais” e foi proferida pelos professores Miguel Pereira e Sergio Bonato, ambos da coordenação do Departamento de Comunicação da PUC Rio.
Na parte da tarde do primeiro dia, a professora Tereza Renou, do Seminário Paulo VI e da Faculdade Estácio de Sá, falou sobre “Comunicação hoje, aspectos teológicos e sociais”.
O segundo foi aberto com a palestra da professora Cecília Vaz, do Instituto Teológico Franciscano de Petrópolis e do Seminário Paulo VI, que teve como tema “Comunicação Interpessoal e grupal, desafios e novos caminhos”. Em seguida, a psicóloga Ana Patrícia, da Associação dos Psicólogos Católicos da Arquidiocese do Rio de Janeiro, falou aos presentes sobre “Psicologia da Comunicação nas Redes Sociais”.
As tardes de sábado e domingo foram dedicadas às oficinas, que abordaram temas como: a Pastoral da Comunicação, produção de texto para jornais e sites, a influência dos meios de comunicação de massa na sociedade, comunicação na catequese, comunicação na liturgia e oratória.
Fechando a programação, o bispo da Diocese de Nova Iguaçu, Dom Luciano Bergamin, presidiu a missa, que foi concelebrada pelo assessor da Pascom diocesana, padre Edmilson da Silva. Dom Luciano agradeceu e elogiou todo o empenho da equipe que organizou e trabalhou com dedicação e empenho. Enfatizou que o 1° Mutirão de Comunicação da Diocese não deveria acabar ali, e sim ter uma continuidade na formação de multiplicadores de agentes para fermentar a Pastoral da Pastoral da Comunicação na diocese. Ele incentivou todos a participarem do 7° Mutirão Nacional e Comunicação, que acontecerá em de 17 a 22 de julho na PUC-Rio.
Fonte: Regional Leste 1