terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Inscrições abertas para o 3º Encontro da PASCOM



Estão abertas as inscrições para o 3º Encontro Nacional da Pastoral da
Comunicação (Pascom), que acontecerá em Aparecida (SP), de 19 a 22 de
julho, abordando o tema “Identidade e Missão”.

O setor hoteleiro de Aparecida fechou um contrato com a comissão
organizadora do Encontro no qual reservou 320 vagas para os
participantes inscritos. Isso significa que as inscrições só serão
validadas após a confirmação do pagamento efetuado em qualquer agência
bancária. Além disso, o contrato para a reserva de vagas estará
disponível apenas até o fim de março.

O custo total da inscrição, mais as três diárias, com café da manhã,
almoço e jantar, mais pernoite fica em 355 reais.

Os interessados poderão acessar o site da CNBB ou clicar neste
endereço: www.cnbb.org.br/3enc.

Outras informações estão disponíveis no setor de Comunicação Social da
Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), no telefone: (61)
2103-8366.

Segundo a assessora da Comissão Episcopal Pastoral para a Comunicação
Social, irmã Élide Maria Fogolari, este Encontro quer ser um momento
importante de reflexão, estudo e trocas de experiências para os que
desejam comunicar Jesus Cristo a todos com a Comunicação.

“O papa João Paulo II recomendava e insistia em suas homilias, que
‘não basta utilizar a mídia para difundir a mensagem cristã e o
magistério da Igreja, mas é preciso integrar a própria mensagem nesta
nova cultura criada a partir da comunicação moderna’ (Redemptoris
missio, 37). Esta é a motivação que dá sentido para realizar mais um
encontro da Pascom, em Aparecida, onde juntos, vamos planejar a
comunicação a partir do contexto cultural em que nos situamos”,
explicou a assessora da CNBB.
Fonte: CNBB

Oração do Angelus na WebTV Redentor

27/02/2012




Leanna Scal - WebTV Redentor

A partir do dia 1º de março, a WebTV Redentor transmitirá diariamente, ao meio dia e às 18h, a Oração do Angelus, rezada cada dia da semana por um Bispo Auxiliar da Arquidiocese do Rio. A ideia é que de onde a pessoa estiver, seja em casa, no trabalho, ou até na rua, através da portabilidade que a internet oferece, possa parar por menos de cinco minutos para um momento de oração.

A Oração do Angelus relembra, através de preces e orações, a Anunciação - feita pelo anjo Gabriel à Maria - da concepção de Jesus Cristo. As orações consistem em três textos que descrevem o mistério. Além disso, os Bispos fazem uma pequena reflexão de acordo com o Evangelho do dia ou o Santo da data, ou, ainda, algo relevante referente ao Tempo Litúrgico ou a acontecimentos sociais.

Nesta quinta-feira, 1º de março, o Bispo Auxiliar da Arquidiocese do Rio, Dom Antonio Augusto Duarte, inicia o momento de oração. Na sexta-feira, será a vez de Dom Nelson Francelino, seguido de Dom Paulo César Costa, Dom Pedro Cunha e Dom Edson de Castro Homem. Também participarão os Bispos Auxiliares Eméritos Dom Assis Lopes e Dom Josef Karl Romer. As orações serão transmitidas da Capela do Palácio São Joaquim, residência do Arcebispo.

Há cerca de um ano a WebTV Redentor tem feito transmissões ao vivo de celebrações e a cobertura de eventos importantes da Igreja no Rio, mas está investindo em uma vasta programação de cunho informativo/formativo, espiritualidade e entretenimento. A Oração do Ângelus será o primeiro programa produzido por este veículo, que busca os melhores caminhos para, através da internet, evangelizar além fronteiras.

Quem não conseguir acompanhar as orações ao meio-dia e às 18h tem a opção de assistir a qualquer momento na página da WebTV Redentor no Canal "Angelus". Não deixe de acessar www.redentor.tv.br .

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Mensagem do Papa para a CF 2012



23/02/2012
Aberta oficialmente em todo o Brasil na Quarta-Feira de Cinzas, a Campanha da Fraternidade de 2012 irá abordar o tema: Fraternidade e Saúde Pública, com o lema: "Que a saúde se difunda sobre a terra!" (Cf. Eclo, 38,8). Por essa ocasião, o Papa Bento XVI divulgou uma Mensagem sobre a CF 2012 na qual afirma que “a saúde vai muito além de um simples bem estar corporal” e pede que “segundo o verdadeiro espírito quaresmal, possa esta Campanha inspirar no coração dos fiéis e das pessoas de boa vontade uma solidariedade cada vez mais profunda para com os enfermos.”

Leia a Mensagem na Integra:
Fraternas saudações em Cristo Senhor!

De bom grado me associo à Conferência Nacional dos Bispos do Brasil que lança uma nova Campanha da Fraternidade, sob o lema "que a saúde se difunda sobre a terra" (cf. Eclo 38,8), com o objetivo de suscitar, a partir de uma reflexão sobre a realidade da saúde no Brasil, um maior espírito fraterno e comunitário na atenção dos enfermos e levar a sociedade a garantir a mais pessoas o direito de ter acesso aos meios necessários para uma vida saudável.

Para os cristãos, de modo particular, o lema bíblico é uma lembrança de que a saúde vai muito além de um simples bem estar corporal. No episódio da cura de um paralítico (cf. Mt 9, 2-8), Jesus, antes de fazer com que esse voltasse a andar, perdoa-lhe os pecados, ensinando que a cura perfeita é o perdão dos pecados, e a saúde por excelência é a da alma, pois «que adianta ao homem ganhar o mundo inteiro, mas perder a sua alma?» (Mt 16,26). Com efeito, as palavras saúde e salvação têm origem no mesmo termo latino salus e não por outra razão, nos Evangelhos, vemos a ação do Salvador da humanidade associada a diversas curas: «Jesus andava por toda a Galiléia, ensinando em suas sinagogas, pregando o Evangelho do Reino e curando todo o tipo de doença e enfermidades do povo» (Mt 4,23).

Com o seu exemplo diante dos olhos, segundo o verdadeiro espírito quaresmal, possa esta Campanha inspirar no coração dos fiéis e das pessoas de boa vontade uma solidariedade cada vez mais profunda para com os enfermos, tantas vezes sofrendo mais pela solidão e abandono do que pela doença, lembrando que o próprio Jesus quis Se identificar com eles: «pois Eu estava doente e cuidastes de Mim» (Mt 25,36). Ajudando-lhes ao mesmo tempo a descobrir que se, por um lado, a doença é prova dolorosa, por outro, pode ser, na união com Cristo crucificado e ressuscitado, uma participação no mistério do sofrimento d’Ele para a salvação do mundo. Pois, «oferecendo o nosso sofrimento a Deus por meio de Cristo, nós podemos colaborar na vitória do bem sobre o mal, porque Deus torna fecunda a nossa oferta, o nosso ato de amor» (Bento XVI, Discurso aos enfermos de Turim, 2/V/2010).

Associando-me, pois, a esta iniciativa da CNBB e fazendo minhas as alegrias e as esperanças, as tristezas e as angústias de cada um, saúdo fraternalmente quantos tomam parte, física ou espiritualmente, na Campanha «Fraternidade e Saúde Pública», invocando – pela intercessão de Nossa Senhora Aparecida – para todos, mas de modo especial para os doentes, o conforto e a fortaleza de Deus no cumprimento do dever de estado, individual, familiar e social, fonte de saúde e progresso do Brasil, tornando-se fértil na santidade, próspero na economia, justo na participação das riquezas, alegre no serviço público, equânime no poder e fraterno no desenvolvimento. E, para confirmar-lhes nestes bons propósitos, envio uma propiciadora Bênção Apostólica.
* Fonte: Canção Nova

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

O Ensino Religioso - Síntese panorâmica do Magistério católico



14/02/2012
Dom Nelson Francelino - Bispo Auxiliar da Arquidiocese do Rio de Janeiro

"A obra educativa parece tornar-se cada vez mais árdua porque, numa cultura que demasiadas vezes faz do relativismo o seu próprio credo, acaba por faltar a luz da verdade”. (Bento XVI)

O ensino religioso na escola constitui uma exigência da concepção antropológica aberta à dimensão transcendental do ser humano: é um aspecto do direito à educação. Sem esta disciplina, os alunos estariam privados de um elemento essencial para a sua formação e desenvolvimento pessoal, que os ajuda a atingir uma harmonia vital entre a fé e a cultura. A formação moral e a educação religiosa favorecem também o desenvolvimento da responsabilidade pessoal e social e demais virtudes cívicas, e constituem então um relevante contributo para o bem comum da sociedade.

Numa sociedade pluralista e laica como a nossa, o direito à liberdade religiosa exige a garantia da presença do ensino da religião na escola e a garantia que tal ensino seja conforme as convicções dos pais. Pois, como recorda o Concílio Vaticano II: “[Aos pais] cabe o direito de determinar o método de formação religiosa a dar aos filhos, segundo as próprias convicções religiosas. (...) Violam-se os direitos dos pais quando os filhos são obrigados a frequentar aulas que não correspondem às convicções religiosas dos pais, ou quando se impõe um tipo único de educação, do qual se exclui totalmente a formação religiosa” (Declaração Dignitatis humanae 5). Esta afirmação encontra correspondência na Declaração universal dos direitos do homem (art. 26) e em tantas outras declarações e convenções da comunidade internacional.

O Ensino Religioso no currículo escolar está garantido desde a constituição Federal promulgada em 1987/1988. Naquela época, o texto constitucional dizia que: “O Ensino Religioso ocupa-se com a educação integral do ser humano, com seus valores e suas aspirações mais profundas. Este ensino quer cultivar no ser humano as razões mais íntimas e transcendentais, fortalecendo nele o caráter de cidadão, desenvolvendo seu espírito de participação, oferecendo critérios para a segurança de seus juízos e aprofundando as motivações para a autêntica cidadania.” Portanto, não se pretende fazer da sala de aula uma comunidade de fé, mas um espaço privilegiado de reflexão sobre limites e superações. Isto implica na necessidade de se construir uma pedagogia que favoreça tal perspectiva.

A marginalização do ensino da religião na escola leva a assumir, pelo menos na prática, uma posição ideológica que pode induzir ao erro ou produzir um prejuízo para os alunos. Além disso, poder-se-ia também criar confusão ou gerar um relativismo ou indiferentismo religioso se o ensino da religião estivesse limitado a uma exposição das várias religiões de modo comparativo e “neutro”. A propósito, João Paulo II explicava: “A questão da educação católica compreende (…) o ensino religioso no âmbito mais alargado da escola, seja ela católica ou do estado. À tal ensino têm direito as famílias dos crentes, que devem ter a garantia de que a escola pública – exatamente porque aberta a todos – não só não ponha em perigo a fé dos seus filhos, mas, antes, complete, com adequado ensino religioso, a sua formação integral. Este princípio está enquadrado no conceito de liberdade religiosa e do Estado laico verdadeiramente democrático, que, enquanto tal, isto é, no respeito da sua profunda e verdadeira natureza, se coloca ao serviço dos cidadãos, de todos os cidadãos, no respeito dos seus direitos e das suas convicções religiosas” (Discurso aos Cardeais e aos colaboradores da Cúria Romana, 28 de Junho de 1984).

Por intermédio de práticas educacionais, o Ensino Religioso viabiliza o exercício da tolerância e o respeito à diversidade, principalmente porque o lugar da escola pública permite a reunião de diversas representações de fé. Aqueles que são favoráveis a esta disciplina não devem pretender fazer da sala de aula um lugar de proselitismo, mas um espaço privilegiado de reflexão sobre direitos, deveres e fraternidade. Isto implica na necessidade de se construir uma pedagogia que favoreça tal perspectiva, porque o seu objetivo é fruto de experiências pessoais, de incansáveis buscas de respostas para questões existenciais: “as religiões são parte importante da memória cultural e do desenvolvimento histórico de todas as sociedades. Desse modo, abrir espaços para ensinar religiões (e não uma religião) na Escola não deve ser feito para defesa de uma delas, em detrimento de outras, mas discutindo-se princípios, valores, diferenças e tendo em vista – sempre – a compreensão do outro.”

Com estes pressupostos, compreende-se que o ensino da religião plural tem a sua especificidade na relação com as outras matérias escolares. Na verdade, como explica o Concílio Vaticano II: “a autoridade civil, que tem como fim próprio olhar pelo bem comum temporal, deve, sim, reconhecer e favorecer a vida religiosa dos cidadãos, mas excede os seus limites quando presume dirigir ou impedir os atos religiosos” (DH 3). Por estes motivos compete à Denominação religiosa estabelecer os conteúdos autênticos do ensino da religião na escola, que garanta diante dos pais e dos próprios alunos a autenticidade do ensino que se transmite, independentemente da natureza da escola (estatal ou não estatal, católica ou não católica) em que é ensinada.

* Foto: Arquivo
Fonte: www.arquidiocese.org.br